Jlle | Solidariedade às famílias do Residencial Trentino

Posted on 02/08/2016 by

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Compartilhamos aqui textos do site Sinais das Ruas sobre as famílias do Residencial Trentino que ficaram na rua após um incêndio. A baixa qualidades das obras do Minha Casa Minha Vida e a falta de apoio da Assistência Social de Joinville apontam para os responsáveis pela difícil situação: a Prefeitura de Joinville e os responsáveis pela obra: a construtora, Caixa Econômica Federal e o Governo Federal.

RODEAR DE SOLIDARIEDADE AS 16 FAMÍLIAS DO RESIDENCIAL TRENTINO

A campanha de solidariedade as 16 famílias do Bloco 1, do Residencial Trentino I, continua após uma semana do incêndio.

As moradoras e moradores estão há sete dias sem moradia e realizaram um protesto no último domingo, 24, inclusive uma reunião com políticos comissionados na Prefeitura Municipal de Joinville. (aqui e aqui)

Neste cenário, um grupo de trabalhadores e trabalhadoras da cultura e educação, acompanhado da militância de movimentos sociais, realizaram ações de solidariedade.

Hoje, 27, o Coletivo MINA (aqui), que trabalha com a arte urbana de corte feminista, divulgou uma nova ação de solidariedade. O MINA disponibilizou uma caixa para arrecadar roupas e alimentos para rodear de solidariedade as famílias desabrigadas.

O local de coleta é o Rosa Negra Tatuagens, localizado na Rua Itajaí, número 270, no Centro.

A Prefeitura de Joinville não cumpriu o acordo com as famílias do Trentino.

Na manhã de ontem, 25, um grupo de moradores do Residencial Trentino 1 estiveram reunidos na Prefeitura Municipal de Joinville (PMJ) com representantes da Secretaria de Habitação, Assistência Social, Defesa Civil e Bombeiros.

A reunião resultou de um protesto realizado durante a Feira da Sapatilha, no último domingo, 24. O objetivo da manifestação foi reivindicar uma ação assistencial às 16 famílias desalojadas por conta do incêndio que levou a interdição do Bloco 01, deixando 66 pessoas desabrigadas. (aqui)

Segundo relato de participantes da reunião de hoje, a atividade não resolveu de imediato os problemas das 16 famílias desabrigadas, mas mobilizou um engenheiro a comparecer no condomínio para realização de um laudo. O laudo deve ser publicado até quinta-feira, quando será liberado, ou não, a volta das famílias aos seus apartamentos.

Na reunião, a PMJ garantiu a distribuição de cestas básicas e auxílio aluguel para as famílias desabrigadas. A Prefeitura se comprometeu em enviar as cestas básicas no mesmo dia, 25, porém até às 19h ainda não tinham sido entregues. Moradores e moradoras pontuaram que retomarão os seus protestos até a PMJ cumprir o que foi acordado na reunião de ontem.

Protesto durante a Feira das Sapatilhas*

No final da tarde deste domingo, 24 de julho, um grupo composto por 14 famílias realizaram um protesto na Feira da Sapatilha, durante o Festival de Dança de Joinville. (aqui)

As famílias estão desabrigadas após um incêndio de um apartamento em um bloco do Condomínio Trentino, localizado na zona sul de Joinville/Sc, ocorrido na última quarta-feira. A Defesa Civil e os Bombeiros interditaram o bloco. (aqui)

Desde então, as famílias estão abrigadas no salão de festas. Em outro salão, moradores e moradoras improvisaram uma cozinha comunitária. No momento a alimentação, as roupas de cama, colchões, material de limpeza e higiene foram arrecadados por meio de ações solidárias de trabalhadores da educação e da cultura.

A Secretária Municipal de Habitação, ligada a Prefeitura Municipal de Joinville, e a Caixa Econômica Federal, ligada ao governo interino do Temer, não realizaram ações concretas para assistir a família que perdeu tudo no incêndio. As demais famílias também não foram atendidas.

Por conta da ausência de ação concreta, o protesto, organizado por moradores e moradoras, foi realizado durante a Feira da Sapatilha. A Feira é um cartão postal e o “investimento” político da classe dominante local, quando milhares de turistas circularam no Centro Eventos Cau Hansen, localizado no centro da cidade.

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Protesto durante a Feira das Sapatilhas – Foto da Internet.

O protesto resultou uma reunião entre moradores, moradoras e Secretária da Habitação para a manhã de segunda-feira, 25 de julho. Junto com a solidariedade e a organização dos moradores, o dia de hoje se encerra com uma possível esperança para a resolução dos problemas das 14 famílias desabrigadas.

Posted in: Lutas