O governo do Raimundo Colombo tem agido diretamente na destruição da educação pública em Santa Catarina. Em Joinville, temos exemplos para citar sobre essa operação de desmonte: o abandono sistemático da centenária Escola Estadual Conselheiro Mafra, o fechamento da Escola Estadual Ruy Barbosa e da Escola Estadual Monsenhor Scarzello – no primeiro caso, o prédio foi repassado para o governo federal instalar o IFSC, no segundo foi instalada a Companhia de Patrulhamento Tático, ligada ao 8ª Batalhão de Polícia Militar, e a última escola tem o indicativo de ser encaminhada para Ajorpeme, Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa. Este cenário tem sido denunciado pelo movimento estudantil e sindical.
O ano letivo de 2015 começou com a denúncia de trabalhadores e trabalhadoras da educação, junto com pais, mães e estudantes, sobre a falta de condições necessárias para começar as aulas na EEB Prof. João Martins Veras. No período marcado por forte calor, era péssimo lecionar e estudar nos ambientes das salas de aula sem ar-condicionado. Em Assembleia os/as trabalhadores/as com familiares e estudantes votaram contra o retorno das aulas.
A Gerente da Educação Regional, Dalila Rosa Leal, cargo de confiança do governador Colombo, foi pessoalmente esfriar a reivindicação. Inclusive, contou com a intervenção do Ministério Público Estadual de Santa Catarina para iniciar o ano letivo com a força da lei.
Já no dia 13 de fevereiro, a Gerência Regional de Educação deu início ao processo administrativo contra a companheira Viviane Souza Miranda, dirigente sindical do SINTE – Regional Joinville. A companheira Viviane é uma militante em defesa da educação pública e na valorização dos/as trabalhadores/as da área. No cenário de destruição do setor, companheiras e companheiros dedicados/as como Viviane são fundamentais para conter o abandono realizado pelo governador Colombo.
A educação pública é uma conquista das lutas populares organizadas. Por isso, o Coletivo Anarquista Bandeira Negra se dispõe a lutar junto a companheira sindicalista e presta solidariedade além das palavras, mas com combatividade, organização e luta. Afinal, onde existe Estado, a repressão atua fortemente. Com os/as de baixo, ontem, hoje e sempre!
Protesto não é crime!
Por um sindicalismo classista, de base e combativo!
Lutar, Criar, Poder Popular!
Março de 2015,
Coletivo Anarquista Bandeira Negra

Mural feito por alunos na escola, com apoio de professores e do Coletivo Pinte e Lute – o mural foi apagado como represália à mobilização desse ano.
VillorBlue
02/03/2015
Aí, como ká, o estado burguês de produção e dominação, promove sistematicamente, um fim ao conhecimento intelectual do ser humano.
Na década de 90, quando o fmi promovia a escala planetária o fim do ensino clássico, incentivando o ensino técnico e os ead’s (este ultimo foi criado com o advento da internet), antevíamos o fim do ensino clássico.
Não que concordamos com a instrução burguesa de formação, ela precisa ser destruída e em seu lugar, ser construído e implantado o ensino libertário, nos paradigmas da comuna libertária.
Porém, desmontar o pouco que as massas proletárias tem atualmente, é o maior crime para com a humanidade.
Entenda um pouco mais:
https://radioproletario.wordpress.com/2014/11/21/celestin-freinet-resumo-pedagogico/