Estado presente? A repressão atua fortemente

Posted on 01/03/2015 by

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O governo do Raimundo Colombo tem agido diretamente na destruição da educação pública em Santa Catarina. Em Joinville, temos exemplos para citar sobre essa operação de desmonte: o abandono sistemático da centenária Escola Estadual Conselheiro Mafra, o fechamento da Escola Estadual Ruy Barbosa e da Escola Estadual Monsenhor Scarzello – no primeiro caso, o prédio foi repassado para o governo federal instalar o IFSC, no segundo foi instalada a Companhia de Patrulhamento Tático, ligada ao 8ª Batalhão de Polícia Militar, e a última escola tem o indicativo de ser encaminhada para Ajorpeme, Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa. Este cenário tem sido denunciado pelo movimento estudantil e sindical.

O ano letivo de 2015 começou com a denúncia de trabalhadores e trabalhadoras da educação, junto com pais, mães e estudantes, sobre a falta de condições necessárias para começar as aulas na EEB Prof. João Martins Veras. No período marcado por forte calor, era péssimo lecionar e estudar nos ambientes das salas de aula sem ar-condicionado. Em Assembleia os/as trabalhadores/as com familiares e estudantes votaram contra o retorno das aulas.

A Gerente da Educação Regional, Dalila Rosa Leal, cargo de confiança do governador Colombo, foi pessoalmente esfriar a reivindicação. Inclusive, contou com a intervenção do Ministério Público Estadual de Santa Catarina para iniciar o ano letivo com a força da lei.

Já no dia 13 de fevereiro, a Gerência Regional de Educação deu início ao processo administrativo contra a companheira Viviane Souza Miranda, dirigente sindical do SINTE – Regional Joinville. A companheira Viviane é uma militante em defesa da educação pública e na valorização dos/as trabalhadores/as da área. No cenário de destruição do setor, companheiras e companheiros dedicados/as como Viviane são fundamentais para conter o abandono realizado pelo governador Colombo.

A educação pública é uma conquista das lutas populares organizadas. Por isso, o Coletivo Anarquista Bandeira Negra se dispõe a lutar junto a companheira sindicalista e presta solidariedade além das palavras, mas com combatividade, organização e luta. Afinal, onde existe Estado, a repressão atua fortemente. Com os/as de baixo, ontem, hoje e sempre!

Protesto não é crime!

Por um sindicalismo classista, de base e combativo!

Lutar, Criar, Poder Popular!

Março de 2015,

Coletivo Anarquista Bandeira Negra

Mural na escola feito por alunos, com apoio do Coletivo Pinte e Lute de muralismo, e que foi apagado como represália à mobilização desse ano.

Mural feito por alunos na escola, com apoio de professores e do Coletivo Pinte e Lute – o mural foi apagado como represália à mobilização desse ano.

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