1º de Maio… a memória não morre

Posted on 30/04/2014 by

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O trabalho ocupa todo o seu tempo, Hora extra é necessário pro alimento
Uns reais a mais no salário, esmola do patrão
Ser escravo do dinheiro é isso, fulano! 360 dias por ano sem plano
Se a escravidão acabar pra você. Vai viver de quem? Vai viver de quê?

(Periferia é Periferia – Racionais MC’s)

O 1º de Maio tem sido, ao longo dos anos, uma comemoração, um feriado para quem trabalha ou quem está sem emprego, um dia de descanso, uma data no calendário de feriadões a mais no ano. Vemos toda uma apologia ao lazer e ao ócio, literalmente um dia em que os empresários e demais setores do trabalho fazem desta data uma festa. A começar pela propaganda: “Dia do Trabalho!”. Sindicatos fazem sorteios de carros e prêmios, apresentações artísticas, dentre outros eventos culturais que, segundo eles, visam ao prazer do ofício.

O que muita gente não sabe é que a história deste “feriado” condiz com uma batalha constante de luta por melhores condições de vida e que, nesta batalha, muitas vidas se perderam e muitas vitórias foram alcançadas. Seu nome correto é Dia do Trabalhador, ou mais precisamente: Dia do Internacionalismo Proletário. Algumas pessoas pensam que aquelas lutas por direitos são muito antigas e hoje já estão ultrapassadas, por isso não há motivos para continuar vivendo de velhas memórias. Será mesmo?

1º de Maio não é festa! Está na hora de abrirmos os olhos e ver o horizonte à frente, livre de exploração, desigualdade e miséria. O ideal de uma vida conquistada pela solidariedade e na luta. Vivemos numa sociedade onde a extrema miséria, desemprego e informalidade são reais e nossas ações estão cada vez mais voltadas a interesses alheios, o que não difere dos séculos passados. Desde sempre, não são os rebeldes que criam os problemas no mundo, são os problemas do mundo que criam os rebeldes.

1º de Maio é para resistir contra: a precarização de todos os serviços básicos; a lógica do Capital; a falta de moradia, terra, mobilidade e empregos; a militarização das polícias; o controle midiático; as políticas de higienização social; a criminalização das manifestações populares e da classe trabalhadora; a opressão que sofrem cotidianamente os povos tradicionais e indígenas, as mulheres, a população negra e a população LGBT; contra o apartheid social e a busca constante de esterilização dos movimentos sociais na luta de classes.

1º de Maio pelo
direito à organização popular, pelo direito aos de baixo levantarem suas vozes e suas bandeiras contrao terrorismo de Estado, a invisibilização da pobreza e todo tipo de opressão e exploração!

NÃO SE INTIMIDAR, NÃO DESMOBILIZAR.

RODEAR DE SOLIDARIEDADE OS QUE LUTAM!

PROTESTAR NÃO É CRIME!

Coletivo Anarquista Bandeira Negra

 

panf

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